Receita para uma mulher apaixonada Estava conversando com meu amigo Nino Belvicino, quando surgiu o inevitável tema: mulheres. Primeiro falamos aquelas generalidades, aquelas coisas óbvias, que estamos sempre repetindo. Ë claro que nós, homens, fazemos isso porque é bom, é gostoso. De repente, porém, o Nino veio com uma afirmação inesperada: Mulher apaixonada é uma história completamente diferente. É mesmo, e por quê? -Elas se transformam. As que são organizadas, ficam desorganizadas, as que costumam ser mais relaxadas, repentinamente se tornam “experts” em sistemas e métodos. As que gostam de prosa, de repente querem fazer poesia. E assim vai... Umas subitamente se acham mais bonitas, outras não conseguem ver beleza nenhuma em si mesmas. Parece que as suas estruturas internas estão se desfazendo e se reconstruindo novamente. Perguntei ao Nino se aquilo não era um exagero e, caso contrário, o que poderia ser feito. Haveria algo que se pudesse fazer por elas em tal situação, algum remédio? Enfim teria ele alguma receita para tal fase? Antes de responder, ele quis confirmar comigo se eu entendia que com a gente, os homens, era diferente. Respondi que sim mais para evitar uma longa explicação. E, então perguntei novamente: -Alguma receita para mulheres que estão nesta fase? -Claro que sim, respondeu ele. As mulheres, quando estão nesta perigosa e fascinante estação, precisam fazer algo muito importante. E, tem mais, não importa qual a idade. Quando isso acontece, todas viram adolescentes novamente. -Sim, entendi, mas qual é a receita? A receita é simples. Elas precisam parar e pensar. Pensar em como elas podem e devem se apaixonar por si mesmas, antes de mais nada. Fiquei meio confuso, sem entender, mas ele completou: Se elas se apaixonarem por si mesmas, elas deixam de ser vulneráveis. Isso é muito importante, principalmente se o objeto de sua paixão não for um ser humano especial. Retruquei afirmando que, se o homem amado não for digno dela, ela provavelmente não se apaixonaria. Ele riu. “Você não conhece a principal característica da paixão: a cegueira. A paixão é totalmente cega, meu irmão. Totalmente!” Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 04/04/2018
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