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O poema da vida
Não é essa nossa vida,senão um doido poema,uma real sinfonia,cheio de imperfeitas rimas,que de Deus, ironicamente,tanto nos aproxima?Não é ela cheia de palavras,umas feias, outras lindas,inundando nossa mente,brigando umas com outras,para enfim refazer,a essência do nosso ser?Não estão elas rimando,em perfeita distonia?Não é cheia de cruéis versos,construindo em harmonia,do destino o reverso,com intensa ironia?Não surpreende, às vezes,nossa alma com alegria,como uma festa divina,cheia de santa euforia?Não é um grande romance,onde quem se espera,acaba não sendo amado,e se acaba amandoquem amar não se espera?Não são cheios esses versos,de sangue e de lágrimas,de água e de bom vinho,de insuperável sabor?Não é um grande enredo,cheio de tantas surpresas,tanto medo, tanto temor,onde o esperado não vem,e o repentino é a lei?No hora do último verso,não é que queremos todos,impotentes, padecidos,nossa mão suspender,para o final deter?Mas como podemos nós,tal evento evitar?Nós escrevemos as linhas,mas a musa é divina,e é inútil com ela,argumentar, reclamar.No final o que queremos,é uma rima perfeita,uma história toda feita,de amor, de valor sem fim,um poema que, enfim,tenha valido a pena,apesar do padecer,viver, sofrer, escrever!
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À procura de Lucas
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Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 03/01/2017
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