Por falar em amor, perfeito amor
Poucas pessoas ousam definir o amor. É muito complicado e tem múltiplas faces. Eu também não vou ousar, mas classificar, a gente pode.
Existe o amor de um homem por uma mulher e vice-versa. Geralmente vem acompanhado de sexo. Os antropólogos dizem que é uma questão de perpetuação da espécie. Faz sentido. Ultimamente, depois de muita coragem, apareceu o amor entre pessoas do mesmo sexo. Uns acham normal, outros têm ódio de quem o pratica. Por que se preocupar tanto com o amor dos outros? Talvez falte em si mesmos o próprio amor e, quem sabe, até o amor próprio.
Continuando, existe aquele dos pais para os filhos. Caramba, este é forte. Tão forte, que quem o pratica, acaba até amando as crianças todas. Acho que isto também faz parte da preservação da espécie. Cuidar dos pequeninos, enquanto eles ainda são frágeis. Depois, a gente se esquece, e acaba amando os danadinhos pelo resto da vida. Para ter esse amor, você nem precisa ter filhos. E, por outro lado, quem não ama as crianças, não sei não... Alguma coisa errada tem de haver. Quando a gente fica velho, normalmente eles amam a gente de volta. Acho que é porque nós viramos crianças de novo.
Existe ainda um outro amor. Estou só falando de seres humanos, é claro. Aquele amor pelo semelhante. Esse é bem menos comum, mas existe, e é muito bonito e muito importante. Acho que é por isso que Cristo insistia tanto nele. Deve ser o mais raro, o mais difícil de se achar por aí.
Amor perfeito, porém, acho que não existe. Só a flor, o amor-perfeito. Mas o amor é masculino e a flor é feminina. Por isso fico pensando, será que o amor, lá no fundo, é uma mulher?
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Obs.: a crônica acima não faz parte do livro abaixo
Essa vida da gente
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Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 04/02/2015
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