Uma grande nação, como nenhuma outra
Eu me vi, de repente, num vale de excepcional beleza. Junto ao rio de águas transparentes, havia uma estrada cheia de árvores, muitas delas floridas de amarelas cores e roxas também. Comecei a andar pela calçada. Dos dois lados, só se via gente sorrindo, entre si e para mim também. Imaginem, eu, que não conhecia ninguém, recebendo todo aquele carinho. Havia índios, negros, brancos, gente de pele amarela e de outras cores mil. Olhos redondos, puxados, todos a me olhar com interesse, do bom. E cantavam também. Músicas bonitas de se dançar. E as moças, descuidadas, bailavam nas ruas, alegres, festivas. Os carros paravam, sem pressa, e, de dentro, os motoristas acenavam. Alguns trabalhavam duro, preparavam a comida. Depois saíam para dançar também. Os que estavam brincando, dessa vez tomavam seus lugares e serviam as comidas de fino paladar.
Quando terminei a minha caminhada, me vi diante de uma montanha, que prontamente escalei. Cheia de árvores frondosas, de peculiar natureza e de um selvagem intacto. Cascatas corriam pelas encostas, desaguando no belo mar do outro lado. Vi então quantas praias havia, todas de beleza sem igual. Pessoas brincando, nadando. Nas pontas, pescadores trazendo o fruto de seu trabalho. Um sol ardente brincava entre as nuvens do céu.
Adentrei então as matas além das praias. Encontrei cidades com pessoas que usavam ternos. Trabalhavam em escritórios. No final da tarde, tiravam as gravatas e se sentavam nos bares da rua, conversando amigavelmente. No meio de todos esses prédios, havia um maior que os outros. Bonito, majestoso. Lá estavam as pessoas que organizavam tudo. Escreviam leis bonitas para deixar o povo, que já era feliz, ficar ainda mais feliz. Nem se preocupavam muito com dinheiro, pois aquela era uma nação rica e todos gostavam de pagar impostos. Nesse lugar abençoado não havia pobres ou necessitados. Todos, sem exceção, estavam bem.
Eu estava mesmo encantado. Queria ficar ali para sempre. Foi então que perguntei para alguém que passava:
-Que país maravilhoso é este?
-Esta, meu senhor, é uma grande nação, como nenhuma outra!
Insisti, então, queria saber o nome.
- Este país é o Brasil!
Quis pedir mais detalhes, mas quando fui abrir a boca novamente, acordei.
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À procura de Lucas
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Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 11/12/2014
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