Um macabro cavaleiro brasileiro
Um cavaleiro macabro e que vivia nas sombras, atraiu a atenção de algumas pessoas durante o regime militar. Uma figura estranha, controversa, que até hoje não se explicou direito. Seu nome aparecia, em forma de grafite, em quase todos os ônibus da cidade e em trens de subúrbio, junto com a estrela de Davi. Ninguém sabia quem era ele. De direita, de esquerda? Contra ou a favor da Revolução? Seu nome era Sábato Dinotos. Na verdade ele se chamava Aladino Félix, na vida real. Foi preso quando houve um atentado na frente do DOPS, em 1968. Confessou 14 atentados terroristas, inclusive assalto a banco. Foi solto logo depois. Como pôde? Declarou que estava a serviço de um grande general. Sua função era detonar várias bombas. O povo ficaria assustado e pensaria que os “subversivos” tinham feito aquilo, justificando mais prisões, mais tortura. Aparentemente o pessoal comunista “não estava fazendo o serviço” com suficiência e a extrema direita resolveu dar uma ajuda. Aparentemente esta explicação tinha fundamento. Como um extremista desse calibre, naquela época, conseguiria sair da prisão, assim, sem mais nem menos? Alguns diziam que havia um grupo, dentro da própria ditadura, que queria tomar o poder. Queriam ser “mais duros” ainda com os adversários. Essa figura quase mitológica da era moderna, tinha outros afazeres. Ele escrevia livros e dava palestras sobre discos voadores. Acreditava que tinha ligações com alienígenas que viriam tomar a Terra e ele era parte do plano. Louco total. Mais tarde foi preso novamente. Talvez por outra facção da extrema direita, uma intriga interna. Claro que ele não fazia tudo isso sozinho. Como escrever seu nome em tantos lugares? Tinha ajuda de um grupo de soldados e cabos da Polícia Militar. Isso reforça a ideia de que trabalhava mesmo para o regime. Para uma ditadura dentro da ditadura.
Coisa estranha, mas foi verdade.
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Estranhas Histórias
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