O cronista está sem palavras
O cronista está cansado, sem palavras. Elas estão agitadas em sua mente, pululando, mas não conseguem sair. Ele sabe que o leitor também está cansado, não quer ouvir.
Resolve, assim, falar a linguagem do silêncio. Um silêncio poético, cheio de significados e de enorme significância. Passa a rimar na simetria cósmica e metrificar no quadrante quântico do Universo. De repente, quando não mais estiver esperando, as palavras voltarão. Do vazio da alma e do intelecto, elas brotarão. Belas, mágicas, vibrantes. Urgindo por serem escritas, faladas, pronunciadas, significadas. Poetificadas.
Vair ser, então, um novo dia de Criação.
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Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 24/08/2014
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