Irene, Manuel Bandeira, os políticos e o direito de ir para o céu...
“Imagino Irene entrando no céu: - Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: - Entra, Irene. Você não precisa pedir licença” Assim Manuel Bandeira descreveu a Irene entrando no céu. Se fosse eu, acho que, depois de eu pedir licença, ele falaria: -Devagar aí, meu, amigo, precisamos conversar. E eu ia ficar preocupado, com certeza. No final, depois de algumas explicacões e exigências cumpridas, acho que tudo se acertaria. Acho. Agora se fosse um dos políticos que conheço, ele nem pedia licença, já ia entrando. Mas daí, São Pedro ia falar: -Pode parar por aí. Você errou o caminho. O seu lugar é outro. Então, o político ia insistir e, ele, não tão bonachão, nem ia falar mais nada, só ia apontar o caminho da saída. Claro, tudo isso é especulação. Pode ser até que um dia, aqui na terra, num país que eu conheço, eles votem e aprovem por maioria absoluta, o direito antecipado e garantido de ir para o céu, nem que seja na marra. Sancionado. Garantido em ata. Sem veto, pelo menos do pessoal daqui. Cruz credo, isso já é blasfêmia, vou parar por aqui. Blogs do autor: Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 30/03/2013
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