Flávio Cruz

Esse estranho mundo...

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Teia de aranha


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De repente olhei e lá estava ela. Uma enorme teia de aranha. Ela se estendia da parede da casa até o arbusto próximo. O primeiro impulso foi me levantar da cadeira, na varanda, ir até lá, e com uma vassoura, destruir aquela coisa desagradável. Um pouco de preguiça me reteve ali, e por causa disso, a teia se salvou.
Comecei a analisar aquela obra de arte. A aranha, pequenina, estava quietinha lá no centro. Não sabia dizer se ela era venenosa, mas com certeza, laboriosa ela era. Do meio para as bordas, centenas de retângulos perfeitos, num crescendo...Uma perfeição de computador. O sol batendo naqueles fios...Era como se eles fossem feitos de ouro.
Tanto trabalho, tanta dedicação, e eu quase destruí tudo. Como aquela minúscula cabecinha, naquele minúsculo corpinho , tinha em seu DNA, toda aquela informação? Eu, com todo meu cabeção, nem fórmula  matemática sei resolver...
Da minha parte e, por enquanto, você está salva, prezada aracnídea. Amanhã  e depois, se eu não estiver por aqui, eu não sei não...É bom você se cuidar, o destino às vezes é cruel e o perigo está sempre à espreita.
Vocês, insetos, também tomem cuidado. Aquela rede linda, bem trançada, com perfeição sem igual,  não é um lugar para se brincar!. Não caiam lá: é onde a aranha faz seu prato para o jantar!



Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 22/02/2013


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