Vandré, para não dizer que não falei das flores Vandré, para não dizer que não falei das flores, posso garantir que, segundo o Cartola, as rosas não falam, e eu digo que é porque não precisam. Mas o Gil avisa que, domingo no parque, o vermelho da rosa pode virar sangue, ah paixão insensata, e a Elba garante para a rosa vermelha, que há de amar até morrer. Não sei quem falou que o cravo brigou com a rosa mas as que morreram foram as flores do jardim na nossa casa, segundo o Roberto. Morreram de saudades de você. O Rafael Hernandez, há muito tempo atrás, declarou que tua boca tem perfume de gardenia, mas isso eu não sei. Por falar em coisas antigas, o Rafael e não você, lembrei da rosa de Hiroshima que o Ney cantou, mas era melhor nem lembrar. O que tem essa rosa que quer estar em todas as canções? E o Noel que, além de compor, até pôs em seu próprio nome? E o Caymmi, a te confundir, com as rosas, as rosas de abril? E o Chiclete com Banana que quer fazer choverem flores de jasmim? Não sejamos tão profanos e vamos olhar os lírios do campo. Não precisamos de nada embora não só de pão viva o homem. O amor, porém, pode viver só da flor. Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 22/01/2013
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