Um sorriso solto na rua
Passeio entre as pessoas pela rua. Expressões de angústia, de ansiedade, de tristeza. Outras, indiferentes, distantes. No meio, de repente, um sorriso iluminado de mulher, uma moça mulher. Macio, suave, constante, me captura, entra no meu ser, imperativo, necessário. Não é para mim, é para alguém, não sei quem. No entanto eu o roubo no ar. Capturado, ele se instala no meu coração, na minha alma, na minha mente. Agora é meu prisioneiro. Toda vez que preciso, eu o trago de volta e meu ser se consola. É um bálsamo, um remédio, um alimento. Preciso cada vez mais dele. De repente percebo o que de verdade aconteceu: Não fui eu não, quem roubou o sorriso. Foi o sorriso que me roubou, que roubou, com crueldade, meu coração. Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 21/01/2013
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