Flávio Cruz

Esse estranho mundo...

Textos

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Declaração de amor dos sessenta
Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Soneto do Amor Total (Vinicius de Moraes)

 
Não são só os seus olhos - embora só eles bastassem – que me encantam e me deixam paralisado quando estou perto de você. É também a doçura do seu rosto, a maciez da sua pele... tudo. Os cabelos, fios de ouro esvoaçando em harmonia. O seu sorriso, então! É um golpe fatal. Além do mais, existe um sorriso para cada evento, um melhor do que o outro. Cada um me derrete inteiro, me corrompe, me aniquila. O balanço do corpo, então... Como vou explicar? Ao mesmo tempo é puro e singelo, e também sinistramente voluptuoso. É tudo, tudo, fascinante. As partes, cada uma em si, o conjunto como um todo ou separado em partes. Cada pedaço inspira e conspira, e o conjunto se rebela em grupo, uma revolução do desejo, um querer que não tem mais fim. Um minuto olhando para você já seria suficiente para valer a pena toda uma vida. Quem dirá olhar todos os dias? Ah, se fosse só o corpo, eu tentaria substituí-lo por todas as maravilhas do mundo e talvez pudesse me enganar. Mas é muito mais...É o jeito como você pensa e fala. É como você fala a frase. É como as palavras saem, transformadas, de sua boca. Saem como prosa, espalham-se no ar como poesia. É como você pensa, como você vê o mundo. Como você acha graça, a graça escondida que os outros não veem. E eu pensei, com o tempo isso passa... Passa nada. As suas ruguinhas, agora que um bom tempo já passou, têm uma graça que eu nunca pensei pudessem ter. Os olhos ainda brilham mais. A graça do seu pensar ficou mais cheia de graça com a maturidade de seu saber. Para ser franco, às vezes nem consigo ver seu corpo, pois sua alma madura, agora, é tão cheia de charme, tão espirituosa, que ocupa quase todo o espaço. O sorriso, pensei que não fosse possível, ficou mais gracioso ainda. Você fica melhor, mais saborosa, mais mais, todos os dias. Quando tiver que morrer, preciso morrer antes. Não posso nem pensar em ficar um só dia sem você...

 
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A crônica acima não faz parte do livro abaixo
 
Essa vida da gente
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Flávio Cruz
Enviado por Flávio Cruz em 12/06/2015
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